segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Com Crohn e Formado



São muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo em minha vida e a minha realidade enquanto doente parece ser mais distante. Assim estão meus quase três anos de remissão, desde que fiz a cirurgia por causa da doença

Porém, desde minha última postagem posso dizer que muita coisa já mudou. Consegui uma vaga de estágio, que poderá me proporcionar um grande crescimento profissional na área de produção cultural. Pude perceber isso porque já comecei e percebi o quanto será puxado. Paralelo a dias de seleção e começo do novo trabalho, corri para deixar tudo pronto para um grande dia, o dia da minha primeira colação de grau. 

Foi um dia muito especial para mim, com certeza. Um momento de refletir sobre tudo que se passou ao longo desses dois anos de curso, todo o meu esforço para cumprir essa etapa, o da minha namorada em me dar todo o suporte que eu precisava e o esforço de familiares, até mesmo os mais distantes, como meu tio Chicão lá em SP e sua esposa Neide, que foram importantíssimos nesse processo. 

Os dias vão se passando e a realidade da vida adulta parece cada vez mais clara pra mim. São muitos planos para minha casa, para  minha família, meu brilhante futuro. Algo que não poderia imaginar ser possível com a doença que tenho. Não foi fácil, não é fácil e não será fácil carregar uma doença crônica, é algo que afeta muito meu emocional, mas é real, é possível e é nisso que venho acreditando ao longo desse tempo com a doença.

Para comemorar tudo isso, passei esse final de semana junto dos meus amigos numa chácara incrível, com 'tudo do melhor que eu pude'. Foi maravilhoso e ao chegar, me deparei com mais uma matéria concedida sobre minha vida com o crohn. 

Mas dessa vez foi diferente, dessa vez foi para um amigo, uma pessoa que está ao meu lado ao longo desses anos com o crohn. Um verdadeiro irmão, que riu e chorou ao meu lado ao longo desses anos de amizade. E poder ler minha história traduzida por suas palavras me proporcionou uma emoção impar, diante de qualquer outra entrevista que já concedi. Aqui em baixo deixo o link para que vocês possam ver meus dias com a doença, através do olhar de um amigo e jornalista.

'O Mundo Crohn em Cotidiano Compartilhado' por Walter Pinheiro Jr.


3 comentários:

  1. Olá.
    Meu nome é Leonardo, tenho 23 anos e moro no Rio de Janeiro.

    Descobri o Crohn aos 18 anos, após ficar um ano trocando de médicos assim como eu troco hoje as minhas caixas de mesalazina. Até aí eu já havia perdido 20 kgs, as dores intestinais haviam se tornado muito fortes, o apetite era nulo e a vontade de ir ao banheiro vinha quando eu menos esperava.

    Bom, tudo mudou quando eu conheci a médica que salvou minha vida. Dra Cassia R Guedes Leal, atende no bairro de Vila Valqueire.

    Fiz um milhão de exames. Alguns um tanto quanto atormentadores (Só de lembrar os copos do líquido que parecia pasta de dente que tive que tomar, já sinto calafrios). Até então ser diagnosticado com a doença e começar o tratamento.

    Hoje, 5 anos depois, sou engenheiro químico, peso 74 kgs , trabalho na michelin.

    Nesse meio tempo houve uma série de apertos no meio da rua, cisma com o peso, surgimento de efeitos colaterais do remédio (verrugas, irritações cutâneas, etc...), colonoscopias, etc...

    Estou contando minha história pois de li o blog e achei a iniciativa ótima. De fato é uma terapia compartilhar o que sentimos e vermos que não somos os únicos.

    Parabéns!

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  2. Ola sou danniego e tenho cronh a 11 anos, mi alimento bem, não como carne animal de forma alguma, derivados de leite nem pensar industrializado apenas o leite de soja e o pão integral. pessoal tem alguem ai que tem sangramento nas fezes? pois estou com um pequeno sangramento nas fezes quase sempre que vou ao banheiro!

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  3. Olá, sou Gleidison de Belo Horizonte, há dez anos atrás fui diagnosticado com a doença de Cronh, antes, fui surpreendido por dores abdominais, e vontade de ir ao banheiro diversas vezes ao dia, era muito magro e tinha grande dificuldade de engordar. Certo dia tive uma fístula onde fui internado, foi aí que iniciou a grande trajetória para a descoberta da causa de todo o desconforto. Então conheci o Dr. Ricardo T. G. e a Dra. Áurea Cassia G., que a partir de então me acompanharam. Foram colonoscopias, tomografias, transito intestinal e exames de sangue. Após o conhecimento do que acontecia iniciei tratamento com corticoides, posteriormente Mezalazina e hoje o tratamento permanece com a Azatioprina. Atualmente mantenho o acompanhamento com o Dr. José Carlos F. C. em conjunto com o primeiro citado, trimestralmente realizo exames de sangue e de seis em seis meses a ressonância magnética. Graças a Deus, contudo, tenho uma vida de qualidade, o importante é não parar com o tratamento! Grande abraço, estamos juntos na caminhada por uma vida sempre melhor!

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